O Brasil está oficialmente fora do Mapa da Fome das Nações Unidas, segundo o relatório divulgado nesta semana pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). O anúncio marca um avanço importante para o país, que vinha lutando nos últimos anos para reduzir os índices de insegurança alimentar agravados pela pandemia e pela alta nos preços dos alimentos.
De acordo com o novo levantamento, o Brasil voltou a atingir o patamar de menos de 2,5% da população em situação de subalimentação crônica, indicador que é o limite usado pela ONU para considerar que um país não enfrenta fome generalizada.
Para especialistas, o retorno ao Mapa da Fome em 2018 acendeu um alerta que mobilizou políticas públicas em várias frentes, desde o fortalecimento de programas como o Bolsa Família e o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) até iniciativas de agricultura familiar e distribuição de cestas básicas.
“Sair novamente do Mapa da Fome é uma conquista de toda a sociedade. É reflexo de políticas federais, estaduais e municipais que colocaram a segurança alimentar como prioridade”, destacou um analista da FAO no Brasil.
No interior do Estado do Rio de Janeiro, municípios das regiões Norte e Noroeste Fluminense, historicamente marcados por bolsões de pobreza, também registraram avanços, impulsionados por ações de fortalecimento da agricultura familiar, merenda escolar e programas de transferência de renda.
Para os próximos anos, o desafio é manter os indicadores baixos mesmo diante de variações econômicas e garantir acesso à alimentação saudável, de qualidade e a preços justos.