WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – A Casa Branca divulgou nesta quinta-feira (25) uma declaração conjunta de 18 países, incluindo o Brasil, fazendo um apelo para a libertação imediata de reféns em poder do grupo terrorista Hamas.
“Eles [os reféns] incluem nossos próprios cidadãos. O destino dos reféns e da população civil em Gaza, que é protegida pelo direito internacional, é uma preocupação internacional”, afirmam os signatários no documento.
A pressão é para que o Hamas aceite o acordo em negociação, que prevê a libertação das pessoas em poder do grupo em troca de um cessar-fogo imediato e prolongado em Gaza. Os países enfatizam no texto que isso possibilitaria o envio de mais ajuda humanitária à região e ao fim “crível” das hostilidades.
Além de EUA e Brasil, assinam a declaração Argentina, Bulgária, Canadá, Colômbia, Dinamarca, França, Alemanha, Hungria, Polônia, Portugal, Romênia, Sérvia, Espanha, Tailândia e o Reino Unido.
Falando sob condição de anonimato, um oficial da Casa Branca disse que o comunicado vinha sendo negociado ao longo das duas últimas semanas. Uma tentativa anterior de divulgar um texto semelhante havia fracassado, disse.
Os reféns foram sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro do ano passado, quando cerca de 1.200 pessoas foram mortas em Israel, e estão sob poder do grupo há mais de 200 dias.
Pressionado por críticas internas ao apoio a Tel Aviv, que ganharam ainda mais força nesta semana com protestos estudantis nos campi de universidades americanas, o governo Joe Biden vem trabalhando para acelerar o fim do conflito e estabilizar a região.
Desde o início da ofensiva israelense em Gaza, mais de 30 mil palestinos foram mortos, em sua maioria mulheres e crianças. A reação do aliado, condenada por diversos países, levou a Casa Branca a mudar de postura e adotar um tom mais duro na relação com o país.
Na última quarta (24), Biden sancionou um pacote que prevê ajuda militar a Israel, Ucrânia e US$ 1 bilhão em assistência humanitária a Gaza. Em seu discurso, o presidente americano enfatizou a importância do apoio ao aliado no Leste Europeu, mas foi econômico nas falas sobre o conflito no Oriente Médio, salientando os recursos que devem ser enviados aos palestinos e apelando para que Israel permita que eles cheguem sem demora à população.