Vítimas de explosão de lancha em Cabo Frio seguem em estado grave; Marinha vai instaurar inquérito

Seis pessoas, sendo cinco da mesma família e o condutor da lancha, deram entrada em unidades da rede estadual nesta sexta-feira (10) em estado grave. Vítimas de explosão em lancha em Cabo Frio seguem em estado grave
Três vítimas de explosão de uma lancha em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, seguem em estado grave, segundo atualização da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) sobre o quadro clínico das vítimas, com queimaduras de segundo e terceiro graus, na tarde deste sábado (11).
Ao g1, a Marinha do Brasil informou que um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) será instaurado para apurar causas, circunstâncias e possíveis responsabilidades.
O acidente ocorreu na manhã desta sexta-feira (10) no arco do canal. As seis pessoas que estavam na embarcação foram encaminhadas para hospitais do estado com quadro de saúde considerado grave, entre elas, o piloto da embarcação e um casal com os três filhos.
Havia seis ocupantes na lancha que explodiu em Cabo Frio
Imagem enviada pela Guarda Marítima
Segundo a Secretaria de Saúde, os três pacientes que estão com quadro clínico grave são a mãe, Leni Eustaquia Paloma de Jesus, de 28 anos, e os dois filhos: uma menina de 9 e um menino de 4 anos, que chegaram a ter quadro divulgado como estável na sexta. Leni se encontra no Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo. E as duas crianças, graves estão no Hospital Estadual Roberto Chabo, em Araruama.
Resgate de uma das vítimas da explosão de lancha em Cabo Frio
Polícia Militar Ambiental/Divulgação
O outro filho de Leni, de 8 anos, permanece no Alberto Torres com quadro de saúde estável. Já outro filho do casal, de 8 anos, e o pai das crianças, Raphael Júnior de Oliveira Larangot, de 34 anos, têm quadro considerado estável. Raphael se encontra no Hospital Estadual Roberto Chabo, em Araruama (junto aos filhos de 4 e 9 anos em estado grave). Já o filho de 8 anos segue no hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo (onde a mãe se encontra em estado grave).
O condutor da lancha, Geovane Santos de Brito, de 30 anos, também tem quadro de saúde considerado estável. Ele está hospitalizado no Hospital Estadual de Traumatologia e Ortopedia Vereador Melchiades Calazans (HTO Baixada).
A Secretaria de Estado de Saúde disse ainda que todos os pacientes seguem assistidos por equipes multidisciplinares das respectivas unidades, com assistência médica 24h de acordo com suas necessidades clínicas e que a SES-RJ e as direções dos hospitais estão à disposição dos familiares para demais informações.
Marinha investiga o caso
A Marinha do Brasil (MB) informou que um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) será instaurado para apurar causas, circunstâncias e possíveis responsabilidades.
“Concluído o inquérito e cumpridas as formalidades legais, o mesmo será encaminhado ao Tribunal Marítimo, que fará a devida distribuição e autuação, o qual dará vista à Procuradoria Especial da Marinha, para que adote as medidas previstas no Art. 42 da Lei n° 2.180/54”, disse.
Além disso, a Marinha disse que não foi constatada poluição hídrica e também não foram encontradas irregularidades nas documentações, tanto da embarcação quanto do condutor da lancha.