Rodoviários temem ficar sem emprego e sem os valores da rescisão trabalhista. Acidente com ônibus da Viação Cascatinha em Petrópolis
Reprodução redes sociais
A Viação Cascatinha, empresa de ônibus que operava em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, foi proibida de circular na cidade. A decisão foi divulgada pela Prefeitura na última quarta-feira (15) e suspendeu a operação desde zero hora desta quinta-feira (16).
As linhas foram assumidas temporariamente pelas Viações Cidade das Hortênsias e Turp.
A população foi pega de surpresa, mas o decreto, que determinou a caducidade e anulação do contrato, foi baseado nos inúmeros problemas enfrentados por passageiros que dependem das linhas operadas pela Viação Cascatinha.
O mais recente foi o tombamento de um veículo que teria perdido o freio em uma ladeira do Caminho do Fragoso. Na hora do acidente apenas o motorista estava no ônibus e ele não se feriu.
Diante da decisão, surge a insegurança dos rodoviários que trabalhavam na Viação Cascatinha. Os trabalhadores temem a perda dos empregos e o não pagamento das indenizações trabalhistas.
Protesto dos trabalhadores
Em Petrópolis, reunião discutiu a contratação de mais de 100 funcionários da Viação
Nesta quinta-feira (16) eles saíram em protesto pelas ruas da cidade e foram até a Prefeitura cobrar do governo um posicionamento.
A Prefeitura criou um grupo, formado pelo Sindicato dos Rodoviários, os representantes dos empregados da viação Cascatinha, as empresas que assumiram a linhas da Cascatinha (Turp e Cidade das Hortênsias) e a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans). O objetivo desse grupo será buscar formas de realocar os empregados da Cascatinha (viação que está proibida de operar em Petrópolis).
“A Cascatinha não tem mais a menor condição de operar em Petrópolis. Há um risco real para a segurança da população e dos rodoviários. Estamos conversando com todos os agentes envolvidos, para buscarmos juntos a melhor solução possível para esses trabalhadores que merecem toda a nossa atenção”, disse o secretário de Governo, Marcus São Thiago.
A caducidade e anulação do contrato acontece devido à inviabilidade de operação da empresa, algo que, segundo a Prefeitura, pode ser constatado pelo alto índice de acidentes e veículos quebrados nas ruas.
Somente nos quatro primeiros meses do ano, a CPTrans emitiu 78 autos de infração, 34 exigências e oito notificações contra a Viação Cascatinha. A principal irregularidade é não manter os veículos em estado adequado de funcionamento e conservação, oferecendo graves riscos aos usuários e aos rodoviários.
Veja como fica a operação das linhas a partir de agora:
Viação Cidade das Hortênsias:
380 – Estrada da Saudade – Centro (nova linha)
326 – Boa Vista (antiga 511)
327 – Comunidade do Ventura (antiga 517)
328 – Fragoso (antiga 520)
329 – Monte Florido (antiga 521)
331 – Luiz Pelegrini (antiga 522)
332 – Alto Boa Vista (antiga 523)
333 – Veridiano Félix (antiga 524)
334 – Montese (antiga 527)
399 – Noturno – Boa Vista (antiga 599)
Viação Turp:
630 – Jardim Salvador (antiga 515)
631 – Roseiral (antiga 516)
632 – Comunidade São Luiz (antiga 502)
633 – Comunidade do Neylor (antiga 525)
634 – Vale dos Esquilos (antiga 510)
636 – Alto Comunidade do Alemão (antiga 528)
637 – Atílio Marotti (antiga 518)
638 – Quarteirão Brasileiro (antiga 512)
639 – Max Manoel Molter (antiga 508)
641 – João de Deus (antiga 507)
697 – Noturno – Vale dos Esquilos / Atílio Maroti (nova linha)