Suspeitos de integrarem quadrilha que instalava ‘chupa-cabra’ em caixas eletrônicos de Maricá são presos no Rio

Investigação começou depois que uma pessoa procurou a delegacia informando que viu um grupo colocando algo no compartimento onde os cartões são inseridos no caixa eletrônico. Suspeitas foram flagradas por câmeras de agência bancária em Maricá
Imagens câmeras de segurança
Um homem e uma mulher, suspeitos de integrarem uma quadrilha que estava instalando “chupa-cabras” em caixas eletrônicos de bancos em Maricá, na Região Metropolitana do Rio, foram presos em flagrante pelo crime de organização criminosa no bairro de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
A ação ocorreu na terça-feira (16), durante uma operação realizada por agentes da 82ª DP. A investigação teve início no dia 13 de julho, depois que uma pessoa procurou a delegacia de Maricá para informar que viu pessoas colocando algo no compartimento onde os cartões são inseridos no caixa eletrônico.
Os policiais foram até a agência em questão e conseguiram retirar um “chupa-cabra” de um dos caixas eletrônicos. O “chupa-cabra” é um material de plástico usado por criminosos para reter os cartões de clientes. A polícia também encontrou cartaz fixado contendo o telefones de uma falsa central de atendimento ao cliente.
Em outras agências, os agentes também encontraram os cartazes com telefones falsos.
Investigação
Polícia Civil apreendeu bolsa e casaco usados pela suspeita na agência, como mostra câmera de segurança do banco em Maricá
Polícia Civil
A polícia solicitou imagens das câmeras de monitoramento dos bancos e também do Centro Integrado de Ordem e Segurança Pública (CIOSP) de Maricá para monitorar o trajeto feito pelos suspeitos de instalarem o equipamento e os cartazes.
Imagens do circuito interno de uma das agências mostram três mulheres dentro de um banco. Uma delas oferece ajuda a uma senhora que utilizava o caixa eletrônico. Depois, câmeras de monitoramento da cidade mostram as três suspeitas entrando em um veículo.
Segundo o delegado de Maricá, Bruno Gillaberte, o carro usado pelas suspeitas foi alugado em uma locadora de veículos.
O homem preso na operação foi o responsável por fazer o contrato com a empresa. Contra ele havia um mandado de prisão em aberto por pensão alimentícia. Questionado sobre o veículo, ele informou que fez o aluguel do carro a pedido de uma mulher, e levou os agentes até a casa dela.
Na casa da suspeita foram encontrados quatro celulares, seis máquinas de cartão, seis cartões de uma rede de supermercados e 21 cartões bancários.
No local, os agentes também encontraram o casaco e uma bolsa utilizados pela suspeita nas imagens do circuito interno do banco. A mulher já utiliza uma tornozeleira eletrônica devido à prática de estilionatos, aplicados através de golpes bancários.
Os policiais continuam investigando o caso para identificar outras pessoas envolvidas nesta ação.