Decisão foi publicada no mesmo dia em que rodoviários da empresa entraram em paralisação. Mais de 40 veículos ficaram parados no Terminal e em vias importantes da cidade.
Carlos Miranda
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, publicou na sexta-feira (6) a decisão que mantém a caducidade (anulação) do contrato da empresa de ônibus Petro Ita, atendendo à prefeitura de Petrópolis, Região Serrana do Rio.
Com isso, a empresa está impedida de operar nas linhas que atendem os bairros Alto da Serra, Meio da Serra e Morin, mas segue responsável pelas demais rotas que atende.
Um novo processo licitatório será aberto para definir a próxima operadora dessas linhas.
Atualmente, apenas a empresa Cidade Real tem autorização para atuar na região. A Petro Ita foi notificada a recolher, de imediato, todos os veículos que circulavam nas linhas afetadas.
Paralisação causa transtornos no Centro Histórico
Na manhã de sexta-feira (6), rodoviários da Viação Petro Ita realizaram uma paralisação no Centro de Petrópolis, em protesto contra o atraso no pagamento de salários e benefícios.
A manifestação teve início por volta das 10h30 e resultou na paralisação de mais de 40 ônibus no Terminal Imperatriz Leopoldina, além de bloqueios nas ruas Paulo Barbosa e Souza Franco, que ficam nas proximidades do terminal.
Os trabalhadores exigiam a presença de um representante do governo municipal para intermediar as negociações com a empresa.
Neste sábado (7), o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Petrópolis informou que a paralisação dos funcionários da Petro Ita continua. Apesar de parte dos salários ter sido paga, a categoria afirma que a situação ainda é instável e que não há garantias suficientes para a retomada dos serviços. O sindicato também citou a falta de diálogo com a Prefeitura de Petrópolis e a CPTrans (Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes).
Em nota, a Prefeitura de Petrópolis afirmou que está adotando medidas para garantir o transporte nas áreas afetadas pela paralisação, e que entre as ações emergenciais, o município autorizou a circulação de ônibus de outras empresas para assegurar o direito de ir e vir da população.
A prefeitura também destacou que tem mantido diálogo com rodoviários e empresas desde o início do processo de transição dos serviços, e que a Mesa Permanente de Diálogo, envolvendo o município, trabalhadores e empresas, segue aberta para debater e encontrar soluções para o caso, se colocando à disposição de uma reunião extraordinária.
