Professor da rede pública do DF é suspeito de armazenar conteúdo pornográfico infantil

Um professor da rede pública de ensino do Distrito Federal é suspeito de armazenar conteúdo pornográfico infantil, segundo a Polícia Civil. A residência do homem de 45 anos foi alvo de busca e apreensão, na manhã desta terça-feira (30), em Taguatinga.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Maurício Lacozzilli, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), o professor atuava em uma escola de Ceilândia.

A Secretaria de Educação disse que foi informada da situação pela imprensa e que já deu início aos procedimentos necessários por meio da corregedoria. A pasta afirmou que “estão sendo tomadas todas as medidas cabíveis para esclarecer o ocorrido e garantir que as devidas providências sejam tomadas”.

Um computador, um notebook e um celular foram apreendidos. O material eletrônico será submetido à perícia e, caso seja encontrado conteúdo pornográfico envolvendo crianças e adolescentes, o investigado pode ser condenado a até quatro anos de reclusão.

Também será apurado se ele praticou algum tipo de abuso sexual e se, além de armazenar, houve a produção desse tipo de material.

“A gente recebeu um reporte da Polícia Federal, de um possível armazenamento e compartilhamento de material nesse sentido, de um endereço de IP. Aí a gente instaurou o inquérito, pediu as quebras [de sigilo] para o juiz, e chegamos até esse professor”, diz Lacozzilli.

‘Operação Profanus’

As apreensões fazem parte da “Operação Profanus”, que visa combater o armazenamento e compartilhamento desse tipo de material criminoso no DF.

Segundo a Polícia Civil do DF, a investigação começou pela Polícia Federal, em Santos (SP), no ano de 2017, no contexto da 2ª fase da “Operação Ciranda de Pedra”. À época, eram investigadas práticas de abuso sexual de crianças e adolescentes, bem como a troca e armazenamento de imagens relacionadas a esse tipo de crime na internet.

Em outubro de 2023, o material foi encaminhado material para investigação à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), da PCDF. A Polícia Federal auxiliou a investigação por meio da Coordenação de Repressão a Crimes Cibernéticos relacionados ao Abuso Sexual Infantojuvenil.