Polícia marca reprodução simulada do caso Anic com a participação do assassino confesso

Reconstituição está marcada para as 8h, na Região Serrana. A Justiça do Rio autorizou a diligência e a extração dos dados do veículo utilizado por Lourival no dia do crime. Anic Peixoto Herdy foi morta na Região Serrana do RJ
Arquivo Pessoal
A Polícia Civil marcou para a próxima quarta-feira (23) a reprodução simulada dos últimos momentos da advogada Anic Peixoto Herdy, que teve o corpo encontrado em setembro, quase sete meses após desaparecer em Petrópolis, na Região Serrana do RJ. Lourival Fadiga, que confessou ter matado a vítima, vai participar.
A reconstituição está marcada para as 8h, na Região Serrana. A Justiça do Rio autorizou a diligência e a extração dos dados do veículo utilizado por Lourival.
Nesta segunda-feira (21), a polícia fez novas buscas na casa de Lourival, com o objetivo de complementar a perícia realizada no dia 25 de setembro, quando o corpo foi encontrado. Agentes buscam outros elementos que possam comprovar a forma como o crime ocorreu.
A polícia tenta entender a profundidade exata do local onde Anic foi encontrada enterrada e concretada.
Lourival Correa Netto Fadiga
Reprodução
O desaparecimento
Trabalho de escavação na casa de Lourival
Reprodução
Anic foi vista pela última vez em 29 de fevereiro, parando o carro em um shopping na Rua Teresa, em Petrópolis, e andando a pé pelo polo comercial. Nenhuma câmera flagrou a advogada sendo rendida, mas o carro de Lourival foi visto na região e no mesmo horário.
Ainda no 29 de fevereiro, à noite, o marido de Anic, Benjamin Cordeiro Herdy, recebeu no celular uma mensagem enviada do número dela comunicando do sequestro. Mas, nessa hora, Anic provavelmente já estava morta.
A pessoa que escrevia a Benjamin exigiu um resgate de R$ 4,6 milhões e mandou que todas as tratativas até a soltura fossem conduzidas por Lourival. O homem era um faz-tudo dos Herdy e virou amante de Anic.
Para os investigadores, o “sequestrador” era Lourival o tempo todo, e no plano ele contou com a ajuda do casal de filhos e da amante, Rebecca.
Entre transferências, compras de bitcoins e saques em dólar, Benjamin pagou R$ 4,6 milhões aos “sequestradores”, na esperança de rever a esposa. A soltura seria no dia 11 de março, mas Anic não apareceria.
O esquema só foi descoberto graças à filha de Anic, Lara, que desconfiou da atitude de Benjamin diante de Lourival, e procurou a polícia em 14 de março.
A defesa de Lourival afirma que Benjamin foi o mandante do crime. Os advogados que representam Benjamin negam as acusações.