Jonathan Silva Cardoso, o Joaninha, foi executado na madrugada deste sábado (26). Ação de criminosos levou pânico a bar em Rio Bonito; clientes se jogaram no chão. Polícia apreende carro usado em ataque a bar em Rio Bonito
A polícia apreendeu neste sábado (26) a caminhonete Hillux que foi usada em um ataque a bar em Rio Bonito, na Região dos Lagos. Na ação, um homem foi morto e outras cinco pessoas ficaram feridas.
O veículo foi localizado pela 119ª DP (Rio Bonito), que investiga o caso, em conjunto com a Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal.
O morto é Jonathan Silva Cardoso, o Joaninha, de 31 anos. Ele foi executado na Avenida 7 de Maio, no Centro do município, no início desta madrugada.
Segundo a polícia, Jonathan tinha sido preso em 2019 por vários crimes e era suspeito de participação em uma milícia que atua em Itaboraí (veja mais abaixo os detalhes).
Criminosos armados atacam bar lotado em Rio Bonito
“Existem informações de que ele e familiares vinham sofrendo ameaças e algumas ações do tráfico de drogas de Itaboraí. Após ele sair da cadeia, ele saiu de Itaboraí e veio para Rio Bonito há 3 meses”, disse o delegado Alexandre Netto, da 119ª DP (Rio Bonito), responsável pelas investigações.
Quatro dos cinco feridos foram levados para o hospital, receberam atendimento e foram liberados. A quinta vítima passou por cirurgia e está internada em estado grave no Hospital Regional Darcy Vargas, em Rio Bonito.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram que o bar Miti Miti Steakhouse estava lotado e com várias pessoas na calçada quando os criminosos chegaram atirando. Houve uma correria, com clientes se jogando no chão.
Jonathan Silva Cardoso, o Joaninha, foi executado com vários tiros
Reprodução
Logo depois, dois homens saem de uma Picape armados de fuzis. Um deles aponta a arma para as pessoas e para um prédio, enquanto outro vai até o local onde Jonathan está caído e parece pegar uma arma de sua cintura.
Os dois voltam para o carro e atropelam Jonathan, que segue caído no chão. Um dos homens ainda atira nele com uma pistola. Em seguida, os assassinos vão embora.
Homem morre e cinco pessoas ficam feridas em tiroteio em frente a bar
Ainda não há informação sobre a identidade dos autores do ataque. O delegado disse que apura o envolvimento de pelo menos seis pessoas no ataque.
Até agora, oito pessoas prestaram depoimento e imagens de nove câmeras da região foram recolhidas e estão sendo analisadas.
“A ação do tráfico é bem característica, eles gostam de exibir. Analisamos e verificamos. Parece que um comparsa, que tinha sido preso com o Jonathan, e tinha sido solto, foi alvo de um ataque em Itaboraí. Investigamos esse atentado”.
“Queremos entender se esse mesmo grupo que matou o Jonathan atentou contra a outra pessoa em Itaboraí. A polícia investiga a participação de seis envolvidos diretamente na ação. Ao que parece foram três veículos: uma Hillux, que aparece nas imagens, um outro veículo e uma moto. Buscamos esses veículos. Ao que parece, a desavença foi por disputa territorial pela milícia e o tráfico em Itaboraí”.
Dois feridos foram identificados: Aliomar Guimarães Leite, o Baianinho, de 73 anos, foi atingido na barriga e está intubado e em estado grave, e Carla Verônica Campos, de 47, foi ferida por estilhaços na cabeça e braço. Ainda não se sabe a identificação das outras três vítimas.
O Corpo de Bombeiros informou que agentes do quartel de Rio Bonito foram acionados à 0h20. Mas, quando chegaram no local, Jonathan. O corpo dele foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML) de Araruama.
Local onde o crime aconteceu
Lucas Madureira/TV Globo
Em nota, a Polícia Militar disse agentes do 35º BPM (Itaboraí) foram acionados por populares para verificar ocorrência de homicídio na Avenida Sete de Maio.
A Polícia Civil disse que realiza diligências para identificar a autoria e esclarecer a motivação do crime.
Joaninha saiu da cadeia em março
Jonathan Silva Cardoso, o Joaninha
Reprodução
Jonathan tinha sete anotações criminais — três por homicídio, duas por receptação, uma por estelionato e uma por extorsão — e era suspeito de integrar uma milícia. Ele deixou a cadeia no dia 7 de março deste ano.
Em 2019, ele foi preso pela 71ª DP (Itaboraí) por extorsão, estelionato, homicídios e organização criminosa nos municípios de Itaboraí, Araruama e Maricá. Ele também respondeu por resistência armada por conta da fuga de uma operação realizada para capturá-lo.
