Instituições ambientais fazem soltura de espécies marinhas recuperadas após condições críticas de saúde; ação representa vitória para conservação local
Dezessete pinguins-de-Magalhães e um lobo-marinho-subantártico voltaram ao oceano em 10 de outubro, após passarem por um processo de recuperação no Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD-RL), do Instituto BW, em Praia Seca, Araruama. Os animais tinham sido resgatados no inverno em praias da Região dos Lagos e do Norte Fluminense em situação debilitada.
Os animais foram acolhidos após apresentarem quadro de hipotermia, desnutrição e problemas respiratórios. O tratamento incluiu alimentação controlada, suporte clínico e cuidados veterinários especializados até que estivessem aptos a retornar ao habitat natural. A soltura ocorreu em alto mar, a cerca de 140 km da costa, com apoio da Marinha do Brasil, do INEA, do INPE e do Ministério Público Federal. Monitoramento via satélite será usado para acompanhar os trajetos migratórios dos pinguins.
A ação reforça o comprometimento com a preservação da fauna marinha e demonstra que instituições locais têm capacidade técnica para resgatar, tratar e devolver animais em condições físicas adequadas. O projeto também alerta para a necessidade de conscientização da população: quem encontrar animais marinhos encalhados deve não manuseá-los, não tentar devolvê-los por conta própria e acionar instituições especializadas pelo telefone 0800 991-4800, canal oficial do Instituto BW.
