O futebol de melhor nível se faz com “investimento altíssimo”, como diz Leila Pereira. A presidente do Palmeiras sabe disso. O problema é que, no ano em que o clube mais gastou com reforços, sucumbiu e terminou a temporada sem taças importantes. Até ganhou o Paulistão pelo terceiro ano seguido, mas caiu nas oitavas das Copas – do Brasil e Libertadores – e viu o Botafogo erguer a taça do Brasileirão.
Depois de um investimento tímido com contratações em 2023, o Palmeiras decidiu abrir os cofres em 2024. Gastou R$ 192 milhões em oito atletas: Aníbal Moreno, Bruno Rodrigues, Caio Paulista, Lázaro, Rômulo, Felipe Anderson, Giay e Maurício. O problema é que, dos oito, apenas dois, por ora, têm tido bom desempenho: o volante argentino, que é o único titular dos contratados, e o meia que veio do Inter.
Bruno Rodrigues teve duas lesões graves e mal jogou neste ano. Caio Paulista tem irritado a torcida com péssimas apresentações, Lázaro é reserva e não aproveitou as chances que recebeu. Rômulo mostrou bom futebol, mas foi pouco acionado por Abel Ferreira. Felipe Anderson chegou com alta expectativa e talvez seja, por enquanto, a maior decepção. E Giay, jovem lateral argentino, pode até deslanchar, o que ainda não aconteceu, no entanto.
A diretoria desembolsou R$ 90 milhões na primeira janela do ano e mais R$ 102 milhões na segunda. Os altos valores colocaram o clube entre os que mais gastaram com reforços no ano. Foi o terceiro na lista. Apenas Flamengo (R$ 275 milhões) e o campeão Botafogo (R$ 323 milhões) investiram mais.
O meia Mauricio, segunda contratação mais cara da história do clube, representou a compra mais cara do Palmeiras em 2024: 10,5 milhões de euros (R$ 62 milhões na cotação da época) por 80% dos direitos do jogador. Giay foi o segundo mais caro da temporada: 7,5 milhões de dólares por 75% dos direitos do lateral-direito (R$ 41 milhões na cotação da época).
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