Os resultados de um teste de DNA, em 2023, revelaram que um pai e a filha, atualmente com 18 anos, não tinham qualquer relação biológica entre eles. Em consequência da revelação, foi aberta uma ação judicial contra o médico responsável pela fertilização in vitro, contra o embriologista e contra os funcionários.
A descoberta ocorreu em Las Vegas, nos Estados Unidos, e o homem, assim como a sua filha, quiseram manter a identidade em segredo.
No processo judicial, é alegado que ele e a sua mulher, agora falecida, recorreram a uma médica que chefiava a Clínica de Fertilização C.A.R.E.S, atualmente extinta, em Nevada, em 2004, e passaram por um processo de fertilização in vitro de forma a criarem um embrião com a doadora de óvulos que selecionaram. O pai acreditava que o embrião tinha sido criado com a doadora e com o seu esperma, que contou com a ajuda do embriologista.
O processo indica que um embrião foi, de fato, implantado com sucesso e que este era o bebê que a mulher deu à luz em outubro de 2006. No entanto, e contrariamente àquilo em que se acreditava, um teste de DNA feito pela filha do casal, no site ‘Ancestry.com’, revelou que a filha que o casal teve não era o embrião que contavam ter sido implantado.
O homem, de acordo com o processo, “não faz ideia do que aconteceu com o embrião que ele criou com o seu esperma”.
A ação judicial afirma que os acusados agiram de forma imprudente e negligente ao providenciar este tipo de serviços, que eram supostamente “um claro afastamento dos padrões de atendimento para procedimentos de fertilização in vitro”, o que causou “perturbação emocional extrema e grave” a esta família.
Pai e filha estão obrigados, ainda, a “passar por um processo de adoção para legalizar a relação pai-filha”, um processo que irá requerer “uma quantia significativa de dinheiro”.
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