Operação do MPRJ que investiga fraudes em contratos da Fundação Saúde tem 2 delegados entre os alvos

Mandados de busca e apreensão são cumpridos na Lagoa, Barra da Tijuca, Engenho Novo, Vila Isabel, Tijuca, Jacarepaguá, Ilha do Governador, Icaraí, Centro do Rio, e em Silva Jardim no interior do estado

A operação deflagrada na manhã desta terça-feira, com o objetivo de cumprir mandados de busca e apreensão contra suspeitos de fraudes em contratos com a Fundação Estadual de Saúde, tem como um dos alvos o ex-chefe de Polícia Civil do Rio, delegado Allan Turnowski. A ação, coordenada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, visa investigar a possível participação de servidores públicos e outros envolvidos em um esquema de fraude em licitação e organização criminosa, relacionado a contratos firmados com os hospitais estaduais.

Os contratos, celebrados entre 2021 e 2022, envolvem a empresa Vidgel Vigilância e Segurança e seus serviços prestados em unidades de saúde do estado. As investigações indicam que os contratos foram direcionados e que houve um repasse financeiro indireto para envolvidos no esquema. A apuração também revela a possível triangulação financeira envolvendo o delegado e o pai de um dos investigados, ligados à empresa Vidgel.

A defesa de Turnowski nega qualquer envolvimento com os contratos e afirma que ele desconhecia a relação entre a empresa e a Secretaria de Saúde, além de afirmar que não teve acesso à decisão judicial que autorizou a operação. Turnowski, que já teve problemas com a justiça no passado, incluindo uma prisão em 2022 por suspeita de envolvimento com o jogo do bicho, tem uma trajetória marcada por polêmicas, mas sempre negou irregularidades em seus casos anteriores.