ONU lança fundo para proteger refugiados das alterações climáticas

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) anunciou hoje o lançamento de um fundo destinado a proteger refugiados e comunidades deslocadas, que enfrentam maiores ameaças devido às mudanças climáticas, com o objetivo de arrecadar aproximadamente 93 milhões de euros até 2025.

O Fundo de Resiliência Climática também visa apoiar as comunidades de acolhimento e os países de origem mais afetados pela crise climática, promovendo a inclusão dos refugiados, conforme comunicado divulgado hoje pela organização.

Os 100 milhões de dólares esperados pelo ACNUR até o próximo ano têm como meta fortalecer recursos sustentáveis, como fornecer energia limpa para abastecer comunidades com água e para operar escolas e instalações de saúde.

Além disso, o objetivo é apoiar a restauração ambiental e investir na resiliência por meio da construção de abrigos que resistam às mudanças climáticas, reduzindo assim o impacto humano no meio ambiente natural.

Filippo Grandi, Alto Comissário da ONU para os Refugiados, ressaltou que “os impactos das mudanças climáticas estão se tornando cada vez mais devastadores, exacerbando conflitos, destruindo meios de subsistência e resultando em deslocamentos”. Ele também observou que “muitos dos países mais generosos na aceitação de refugiados são também os mais afetados pela crise climática”.

O fundo priorizará projetos com impacto local e que envolvam as comunidades afetadas em sua concepção e implementação, alinhando-se também com as estratégias nacionais para as mudanças climáticas, conforme destacado pelo ACNUR.

Considerando que os riscos climáticos estão diretamente ligados a conflitos e pobreza, a organização informou que 60% dos refugiados e deslocados vivem em países vulneráveis às mudanças climáticas.

Grandi afirmou que “ao reduzir a exposição aos perigos climáticos, garantir o acesso a recursos sustentáveis e promover a inclusão, esses projetos proporcionarão melhorias tangíveis nas condições de vida, segurança e bem-estar dos refugiados e de suas comunidades anfitriãs”.

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