O União Brasil decidiu, de forma cautelar, suspender o ministro do Turismo, Celso Sabino, de suas atividades partidárias por 60 dias, sob acusação de infidelidade partidária. A medida foi aprovada pela Executiva Nacional do partido e aciona o Conselho de Ética, que terá até dois meses para avaliar o caso.
Segundo nota oficial divulgada pela sigla, a suspensão contempla restrições sobre sua participação interna: Sabino ficará impedido de votar nas decisões partidárias e perderá o comando do diretório estadual do Pará durante esse período.
A crise se dá após o partido exigir que filiados que ocupassem cargos executivos deixassem seus postos — uma orientação que Sabino recusou a seguir formalmente. Em entrevista à CNN, ele afirmou que sua permanência no ministério se tornou “insustentável” dentro da bancada partidária. Sabino também reforçou que não reconhece impropriedade em sua conduta e pretende se defender no Conselho de Ética. Ele ressaltou que continuará no cargo no Ministério do Turismo, especialmente para conduzir projetos estratégicos já em curso.
A suspensão sinaliza desgaste entre o União Brasil e a gestão nacional, revelando tensão interna sobre alianças e independência do governo federal. Caso o Conselho de Ética confirme culpa, Sabino pode ser expulso do partido, o que alteraria sua base política e custos de articulação eleitoral. A indicação de Sabino ao ministério vinha sendo vista como um trunfo político para o Pará e para o União Brasil no Norte do país — sua suspensão enfraquece esse capital eleitoral.