Ministério Público do Trabalho conclui relatório sobre irregularidades no Hospital Raul Sertã, em Nova Friburgo

Documento com 37 páginas relata, entre os problemas, infiltrações, profissionais com a caderneta de vacinação atrasada, ausência de segurança à noite, além da falta de itens básicos como roupas de cama para os pacientes. Órgão cita falta de gestão administrativa qualificada. Relatório da ‘Operação Raio X’, do MPT, aponta diversas irregularidades no Hospital Raul Sertã, em Nova Friburgo
Bianca Chaboudet/g1
O Ministério Público do Trabalho (MPT) concluiu, nesta quinta-feira (2), o relatório sobre irregularidades que vinham sendo investigadas no Hospital Municipal Raul Sertã, em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio.
Segundo o órgão, entre os problemas apontados está a falta de gestão administrativa qualificada, que acarreta em uma série de outras situações irregulares.
O documento possui 37 páginas e cita infiltrações nas enfermarias; a falta de padrão nos uniformes dos profissionais, que precisam comprar a própria vestimenta; além dos calçados inapropriados usados por eles.
Os auditores relatam ainda que o hospital não fornece roupa de cama para os pacientes internados, precisando que os familiares levem fronhas e lençóis de casa. Ou seja, um entra e sai de pessoas e itens pessoais que pode se tornar uma porta de entrada para problema de contaminação na unidade, ainda segundo os auditores.
A falta de segurança durante a madrugada também é um fator citado no documento. Segundo o relatório, recentemente o município colocou seguranças durante o dia, mas depois das 19h não fica nenhum segurança na portaria do hospital. Há relatos, inclusive, de profissionais agredidos dentro da unidade.
Dentre as denúncias, também foi apontado que há profissionais que estão com a caderneta de vacinação atrasada, além de exames que precisam ser apresentados pelos mesmos.
A situação do Raio-X também foi um problema relatado no documento. Em janeiro deste ano, o g1 chegou a noticiar que devido a falta do material ideal, os exames estavam sendo impressos em folha A4.
O relatório foi denominado “Raio-X”, não só pelo problema citado ter sido um dos motivos para o início das apurações, mas fazendo referência ao exame que tem como objetivo avaliar a parte interna do corpo, assim como o trabalho do MPT, que verificou os problemas internos da unidade.
O g1 aguarda um posicionamento da Prefeitura sobre as irregularidades apontadas no relatório do MPT.