Maré extremamente baixa transforma a paisagem da Ilha do Japonês e impressiona banhistas em Cabo Frio

Na manhã da última terça-feira (7), moradores e visitantes da Ilha do Japonês, um dos mais belos cartões-postais de Cabo Frio, Região dos Lagos do Rio de Janeiro, foram surpreendidos por um espetáculo natural raro: a maré atingiu nível tão baixo que a ilha quase “secou”, permitindo que pessoas atravessassem a pé ou até de bicicleta sobre trecho que normalmente está submerso.

Segundo Jailton Nogueira, secretário municipal de Meio Ambiente de Cabo Frio, não há motivo para alarma, pois o fenômeno tem explicação natural. Ele cita a combinação de três fatores: A diferença muito grande entre maré alta (~1,3 metros) e maré baixa (~0,1 metro) registrada nessa semana; A influência lunar, que regula as variações no nível do mar; A ação dos ventos, que pode acentuar o recuo da água em marés baixas.

Turistas aproveitaram o momento para explorar áreas normalmente submersas, tirando fotos surpreendentes e vivendo uma experiência pouco comum na paisagem local. Ambientalistas informam que, apesar do visual inusitado, não há indícios de dano ao ecossistema marinho ou à ilha — o fenômeno é cíclico, previsto pelas dinâmicas naturais do litoral.

Esse episódio mostra como fenômenos naturais simples — variações de maré, ventos e fases da lua — podem gerar transformações visuais impressionantes e alertar para a fragilidade ambiental. Também ressalta a importância da conscientização turística, para que visitantes respeitem espaços sensíveis e ajudem a preservar o equilíbrio natural.