(UOL/FOLHAPRESS) – A mãe da jovem que foi encontrada morta em SP após ligar para o namorado pedindo socorro contou que a filha não tinha intriga com ninguém e diz que vai lutar para que o caso não seja esquecido.
Ianca Victoria de Oliveira Silva, 19, foi morta após sair da faculdade em Registro (SP) -cidade a 200 km da capital paulista-, na noite de quarta (11).
Antes do crime, ela conseguiu ligar para o namorado. “Ela falava para alguém sair de perto dela, sair dali e nada mais”, contou a mãe Rosa de Oliveira Azevedo. “Ele tentou ligar para ela depois e só dava caixa postal. Não conseguimos mais contato com ela.”
Um dia depois, o corpo de Ianca foi encontrado a cerca de 1,5 km do Centro Universitário do Vale do Ribeira, onde ela estudava farmácia. Rosa diz que ainda não sabe o que aconteceu, mas que a filha reclamava que o local era mal iluminado na saída dos estudantes. “Nós falávamos para ela que era perigoso aquele lugar à noite.”
A mochila de Ianca foi encontrada junto ao corpo. Já o celular dela foi encontrado depois, contou a mãe. “Segundo me falaram, também acharam um par de chinelo preto arrebentado no local.”
Rosa conta que o laudo inicial do IML encontrou DNA debaixo das unhas de Ianca. “Ela deve ter brigado muito pela vida, estava com alguns hematomas nas mãos e no braço.” No documento -ao qual a reportagem não teve acesso-, consta asfixia mecânica como uma das causas da morte, segundo Rosa. O resultado oficial, no entanto, ainda não foi divulgado. A polícia investiga o caso como homicídio.
Ianca estava no primeiro ano da faculdade e trabalhava de manhã em uma loja de shopping. A mãe conta que ela era uma menina muito doce. “Todos gostavam dela, era esforçada, estudiosa, fazia academia. Era muito forte. Não tinha intriga com ninguém.”
“Só quero que o caso não caia no esquecimento e que a Justiça seja feita, que peguem o monstro que fez isso com minha menina e que ele pague até o final dos dias dele na cadeia.”
O corpo de Ianca foi enterrado no sábado (14). Nas redes sociais, Rosa escreveu que continua sem acreditar que tiraram sua filha de uma forma tão brutal. “Não sei o que vou fazer sem ela. Tiraram um pedaço de mim.”
Procurada pela reportagem, a Polícia Civil diz que o 1º DP de Registro segue com as diligências para esclarecer todos os fatos.
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