Funcionária da Secretaria de Saúde de Itaperuna presa com mais de 14kg de drogas é solta em audiência de custódia

A funcionária da Secretaria de Saúde de Itaperuna, que foi presa com mais de 14kg de drogas, acabou sendo solta neste fim de semana durante audiência de custódia. O alvará de soltura ocorreu quase 36 horas depois da prisão realizada na última quarta-feira (22), no Trevo do distrito de Boa Ventura.

A Justiça decidiu que a mulher vai responder ao processo em liberdade, justificando que a decisão está fundamentada em requisitos contidos na Lei como, a mulher ter 47 anos, considerada idade avançada; ter atividade lícita/ legal e periódica.

O juiz responsável pela audiência ainda entendeu que apesar da grande quantidade de drogas apreendidas, a mulher é ré primária, ou seja, ela não tem antecedentes criminais. O juiz também considerou a hipótese dela ser uma “mula do tráfico”, uma pessoa que apenas conduzia ou transportava drogas.

A prisão foi feita em uma van da Prefeitura. Durante a abordagem no veículo, foram encontradas em uma mala, com a mulher: 1.890 pinos de cocaína, 1.920 invólucros plásticos de maconha, 60 buchas de maconha e 02 tabletes de maconha. Após a perícia, foi constatado um total de 8.996,40 gramas de cocaína e 5.224,58 de maconha.

A Prefeitura de Itaperuna se pronunciou sobre o caso. Em nota, o poder público alegou que a mulher presa, embora seja funcionária concursada da Secretaria de Saúde, viajou ao Rio de Janeiro como paciente para uma consulta médica, com todas as documentações comprobatórias fornecidas.

Todavia, ainda segundo a Prefeitura, no retorno da viagem a mulher perdeu a van destinada aos pacientes e voltou na van que transportava medicamentos. Ela embarcou no veículo com a mala onde foram encontradas as drogas.

A suspeita alegou que uma pessoa no Rio de Janeiro a pediu pra trazer a encomenda pra cidade de Itaperuna, mas disse também que não sabia o que tinha dentro da mala.

Um trabalho de inteligência realizado pela Polícia aponta que a carga era pra uma das pessoas mais importantes de uma organização criminosa na localidade conhecida como Morro do Castelo e depois seria distribuída no município.

Por fim, a Prefeitura disse que o motorista da van não tem qualquer envolvimento com o ocorrido.

“Ele estava apenas cumprindo sua função, prestou esclarecimentos à polícia e foi liberado em seguida.”, finalizou.