Conselho Deliberativo teve votação amplamente favorável ao gasto de R$ 138 milhões com o patrimônio e vai para leilão para arrematar área do Gasômetro
Com direito a torcida organizada e segurança reforçada, o Conselho Deliberativo do Flamengo aprovou, nesta segunda-feira (29), na sede da Gávea, a compra do terreno do Gasômetro, por R$ 138 milhões, em leilão que acontecerá na próxima quarta-feira, na Prefeitura do Rio.
A estimativa de custo para a construção do estádio do Flamengo varia entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões. Marcos Bodin, vice de patrimônio, afirmou que o valor inteiro será de aproximadamente R$ 1,7 bilhão. Foram 692 votos a favor, 33 contra e quatro abstenções.
A diretoria informou aos conselheiros que haverá 18 meses pra viabilizar um bom projeto e depois mais até seis anos pra construir o estádio. O edital de licitação para venda do terreno, que foi desapropriado pela Prefeitura, diz ainda que o Município pode em comum acordo prorrogar o prazo para a conclusão da obra. Mas o Flamengo espera finalizá-la em cerca de quatro anos.
“O adquirente tem 18 meses após assinatura do termo de Promessa de Compra e Venda e mais 36 meses, prorrogáveis por mais 36 meses, para construir o estádio. Isto é: 7 anos e meio”, afirma o documento apresentado aos conselheiros por parte da direção do Flamengo.
O mesmo documento também informa que é possível que o Flamengo tenha que pagar alguma diferença maior no futuro pelo terreno, uma vez que a Caixa Econômica já indicou que vai tentar aumentar o valor na Justiça. Antes da reunião no clube, uma liminar para adiar o leilão foi rejeitada pela Justiça Federal no Rio de Janeiro, em ação movida pela Caixa.
“Sim, o atual titular do domínio do imovel, Caixa Econômica, poderá questionar o valor em ação de desapropriação, onde poderá ser realizada uma perícia técnica… O risco, contudo, de existir uma diferença significativa a ser paga é irrisório”, afirma o Flamengo.