Foi condenado pelo Tribunal do Júri da Capital, nesta quinta-feira (27), o caso que comoveu Varre-Sai desde julho de 2023. Jesuino Veloso Martins Neto, que utiliza o nome social Paloma, foi considerada culpada pela morte da própria mãe, Lais Lúcia Gouvea Medeiros, de 76 anos.
A sessão foi presidida pela juíza Beatriz Martins Kieling Cardona Pereira, na 2ª Vara Criminal da Comarca da Capital. Paloma foi condenada por homicídio qualificado, com reconhecimento das qualificadoras de motivo fútil, meio cruel, emprego de fogo, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio, conforme registrado na ata do julgamento.
A denúncia apontou que, na noite de 16 de julho de 2023, Paloma despejou álcool sobre a cabeça da mãe e ateou fogo enquanto a idosa estava sentada no sofá da sala, completamente indefesa. Lais sofreu queimaduras graves, com 36% do corpo atingido, permaneceu internada por 14 dias em um hospital na região Metropolitana e faleceu em 30 de julho. A morte abalou profundamente a cidade de Varre-Sai, onde era muito conhecida e querida.
No julgamento, a família foi representada pelos advogados itaperunenses Matheus Coutinho e Jéssica Rabelo, que atuaram como assistentes de acusação e reforçaram ao Conselho de Sentença a extrema violência e frieza do ato. Ambos constam oficialmente nos autos como representantes auxiliares da acusação.

Os jurados reconheceram que Paloma cometeu o crime, confirmaram todas as qualificadoras apresentadas pela acusação e concluíram que a vítima foi atacada de surpresa, sem qualquer possibilidade de defesa, conforme os quesitos votados durante a sessão.
Paloma foi condenada como autora do feminicídio da própria mãe, sendo absolvida apenas da acusação de fraude processual. A defesa informou que irá recorrer da decisão.
Por Gabriel Clalp.