Agentes cumpriram 7 mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão em Búzios, Cabo Frio, Rio das Ostras, além da capital fluminense. Natalino José Guimarães, ex-policial e político com base eleitoral na zona oeste do Rio, é preso
Reprodução/ TV Globo
O ex-deputado Natalino José Guimarães foi preso, na manhã desta terça-feira (10), em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, em uma operação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) contra prática de grilagem em Búzios, na Região dos Lagos do estado.
Em 2008, Natalino já havia cumprido pena por porte ilegal de armas e formação de quadrilha. Ele é apontado como chefe de uma milícia que atua na Zona Oeste do Rio.
Além do ex-deputado, outros 6 mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão foram cumpridos em diversos endereços nos municípios de Búzios, Cabo Frio, Rio das Ostras, além da capital fluminense.
Ex-deputado Natalino é preso em operação do MPRJ contra grilagem de terra em Búzios
A investigações tiveram início a partir de denúncias de invasões de terras por grupos armados em diversos terrenos na região da Estrada da Fazendinha.
Segundo a denúncia do MPRJ, o grupo estaria em atividade desde 2020, utilizando práticas violentas e fraudulentas para ocupar e comercializar terrenos na região.
Ainda de acordo com as investigações, a quadrilha usava seguranças armados para intimidar moradores e proprietários, e ainda desmatava áreas protegidas e promovia queimadas.
A Estrada da fazendinha fica no bairro Baía Formosa, em Búzios, próximo à divisa com Cabo Frio.
A operação conta com o apoio da 127ª DP (Búzios) e do 14° BPM (Bangu).
Irmão morto em 2020
Natalino era irmão do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, que morreu em 2022 após ser baleado na Estrada Guandu do Sapé, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Jerominho era apontado como um dos fundadores da milícia.
Jerominho, foi vereador do Rio de Janeiro, pelo PMDB, por dois mandatos, entre 2000 e 2008. Contudo, um ano antes de terminar seu segundo mandato na Câmara Municipal do Rio, ele foi preso e permaneceu em penitenciárias federais por 11 anos.
Em 1998, ele tentou uma vaga de deputado estadual, mas com 18.152 votos não conseguiu ser eleito. Ele concorreu pelo PSC.