Escola Antirracista Quissamã: projeto utiliza sala de aula para combater o racismo

Ação é feita em parceria entre secretarias de Educação e Assistência Social com a Coordenadoria de Igualdade Racial

Alunos do 6º ano da Escola Municipal Maria Ilka de Queirós e Almeida, no bairro Santa Catarina, em Quissamã, no Rio de Janeiro, vivenciaram uma roda de conversa que abordou a temática Educação Antirracista. O debate contou com a liderança do professor de história da rede municipal da cidade e doutor em Educação, Humberto Salustriano. A ação faz parte do Projeto Escola Antirracista Quissamã.

Depois da realização da roda de conversa, os alunos puderam participar de uma oficina de tranças. Nela, além de aprenderem como realizarem diferentes penteados afros, eles também puderam ter contato com a ancestralidade.

“A trança tem um significado muito grande para além de nos embelezar, as tranças foram rotas feitas na época, feitas pelos escravizados e eles iam, eles faziam as rotas deles através das tranças, então para além de nos embelezar, a trança é algo cultural que a gente deve preservar”, explicou a coordenadora de Igualdade Racial, Jovana Azevedo.

Essa busca pela apresentação de referências não brancas para os alunos da rede pública de ensino é uma das estratégias utilizadas pela equipe responsável pelo projeto Escola Antirracista Quissamã. Lançado no começo deste mês, ele é desenvolvido por uma parceria entre as secretarias de Educação e Assistência Social, com a Coordenadoria de Igualdade Racial.

O objetivo principal do projeto é fomentar o debate sobre as relações étnico-raciais no ambiente escolar, num primeiro momento com alunos do 6º ao 9º ano da rede pública de ensino. Assim, a ideia é que uma vez por semana, o projeto realize rodas de conversas, palestras, oficinas de trança e bonecas Abayomi em uma escola da cidade.