De bares a farmácias: saiba como moradores do Estado do Rio usam o Pix

Pesquisa aponta sucesso do meio de pagamento em transações de até R$ 100

Os moradores do Estado do Rio de Janeiro não apenas se adaptaram ao Pix, lançado em 2020, como o meio de pagamento instantâneo se consolidou como a melhor opção em estabelecimentos como supermercados, bares e farmácias. Essa é a conclusão de um levantamento feito pela empresa de maquininhas Cielo, no primeiro semestre deste ano, que indicou o uso da modalidade entre os cidadãos fluminenses, principalmente em transações com tíquete médio de até R$ 100.

A popularidade do Pix, é comprovada pelos números. De janeiro a setembro, houve um aumento de 129% no número de transações via Pix no Estado do Rio, na comparação entre 2023 e 2024, segundo a Cielo. Para Carlos Alves, vice-presidente de Tecnologia e Negócios da empresa, o sucesso se deve tanto aos consumidores quanto aos lojistas e resulta de uma combinação de velocidade, acessibilidade e simplicidade: 

— A modalidade não só facilita as transações como contribui para o aumento da bancarização e da inclusão financeira em todo o país. Em nível nacional, o Pix se tornou o meio de pagamento mais utilizado em 2023, com quase 42 bilhões de transações, representando um aumento de 75% em relação ao ano anterior, segundo dados da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).

A pesquisa “Hábitos do Varejo Brasileiro”, realizada também este ano pela Cielo em parceria com a Opinion Box, confirma o sucesso do Pix. Nas vendas presenciais, a modalidade empata com o cartão de crédito (57%) como o meio de pagamento mais utilizado pelos consumidores. Já nas vendas não presenciais, a modalidade lidera, alcançando 67% contra 56% do cartão de crédito. 

— O Pix tem se consolidado como a opção preferida para transações de baixo valor, pois alia praticidade e velocidade, fundamentais em compras rápidas do dia a dia. Em transações de até R$ 30, o Pix é utilizado por 61% dos consumidores, seguido pelo débito (34%) e dinheiro (33%), enquanto para valores entre R$ 30 e R$ 100, ele também lidera com 54%. Isso ocorre porque o Pix oferece uma experiência prática e imediata, o que se encaixa nas necessidades de quem faz pequenas compras. Além disso, as tarifas baixas ou inexistentes tornam o Pix uma alternativa — comenta Alves. 

Adesão ao Pix continuará a crescer

Com o sucesso do Pix, evoluções da modalidade vão surgindo. Na última semana, o Pix Agendado Recorrente passou a ser oferecido por todos os bancos. Nesta semana, usuários da carteira digital do Google poderão realizar pagamentos por aproximação via Pix. O Banco Central (BC) prevê a oferta dessa funcionalidade para toda a população em 2025. 

Juan Ferrés, CEO da Teros, empresa de automação de processos via Mundo Open, avalia que a adesão ao Pix deve continuar a crescer, impulsionada por novas funcionalidades. 

— Essas evoluções serão do lado do Estado, como proprietário do arranjo Pix do BC, mas virão muito do lado privado, combinando soluções de Open Finance, Drex e as próprias modalidades de Pix para criar formas híbridas de pagamento — diz. 

Graziela Fortunato, professora de Finanças da Escola de Negócios (IAG) da PUC-Rio, também acredita que o Pix continuará a crescer, especialmente com as mudanças que estão sendo implementadas pelo Banco Central. Desde o dia 1º de novembro, o Pix passou a ter novas regras. 

— Não se trata apenas de facilitar pagamentos por aproximação e agendamentos, mas de implementar regras de segurança, como a necessidade de registrar corretamente os números de Pix — explica Graziela Fortunato.