Fábio Carille parece não ter paz no Santos. Nem mesmo quando a equipe sai de campo vitoriosa. Como ocorreu nas últimas partidas na Vila Belmiro – 1 a 0 no Operário e 3 a 2 no Mirassol -, mais uma vez a apresentação da equipe acabou reprovada pelo comandante. Desta vez, o técnico se irritou por causa da falta de controle da posse de bola.
Diferentemente de outros momentos, quando mostrava enorme imposição e comando do jogo, o Santos passou o segundo tempo inteiro sufocado pelo Ceará e não fossem intervenções de peso de Gabriel Brazão, estaria lamentando mais um revés na Série B.
“Sobre o jogo, a gente entregou a bola demais ali, bola simples, tomando decisões errada, correndo para trás, piques de 60, 70 metros”, reclamou o técnico. “Tem de descansar mais com a bola, fazendo passes e se organizando em campo. Faltou uma decisão melhor dos nossos atacantes. Em alguns lances, podia ter segurado mais a bola”, afirmou Carille, que espera corrigir tais erros até segunda-feira, quando visita o Ituano.
“Já falei algumas vezes que o Paulista (foi finalista) trouxe ideia de uma Série B melhor e não foi. A gente já teve jogo com mais posse e não ganhou, é o futebol, mas vou continuar trabalhando nesses cinco jogos para o time jogar melhor”, frisou, sem tanta convicção.
Carille ainda teve de explicar o motivo de o jovem lateral-esquerdo Souza ter voltado à reserva após boa apresentação diante da Chapecoense, apesar da derrota por 3 a 2. “Souza ia ter muita dificuldade com o Saulo Mineiro ali, um jogador que incomoda, baixinho, estilo argentino… E ele é um menino de 18 anos apenas. Escobar é o titular e está bem na posição. Estou muito satisfeito com os dois, mas o titular é o Escobar”, explicou.
E admitiu que tirou Hayner por causa do cartão amarelo, com medo de perder o lateral na segunda etapa. “Erick Pulga é um atacante chato, em um Ceará com o melhor ataque, e Hayner tomou o amarelo, por isso a troca. Era o lado do confronto e uma nova falta poderia ter a expulsão.”
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