A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Resolução 24/22, que denomina “ala Arnaldo Faria de Sá” o hall da taquigrafia localizado no anexo 2 da Câmara. Ex-deputado, constituinte e eleito por oito mandatos, Faria de Sá faleceu em 2022, aos 76 anos.
O relator da proposta, deputado Pedro Jr (PL-TO), afirmou que Arnaldo Faria de Sá deixou um legado significativo como exemplo de parlamentar, não apenas dedicado às causas sociais e à defesa dos direitos dos trabalhadores, dos aposentados e dos mais vulneráveis, mas também um exímio conhecedor das normas regimentais.
“Esta homenagem não apenas perpetua a memória de um parlamentar extraordinário, mas também simboliza o compromisso desta Casa com os valores e causas pelos quais Arnaldo Faria de Sá lutou tão fervorosamente”, disse Pedro Jr.
A autora da proposta, ex-deputada Aline Gurgel, ressaltou que Faria de Sá foi desde seu primeiro mandato reconhecido como representante de aposentados, pensionistas e idosos. “Coordenador e um dos fundadores da Frente Parlamentar em Defesa da Previdência Pública, foi um dos principais defensores dos aposentados e pensionistas do serviço público e do INSS durante as votações das reformas da Previdência dos governos FHC, Lula, Dilma e Temer”, afirmou na justificativa do projeto.
Voto contra
O deputado Glauber Braga (Psol-RJ) disse ser contra a homenagem. Ele citou episódio em que Faria de Sá, quando vereador em São Paulo em 2021, disse que o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta era um “negro de alma branca”. “Foi uma declaração de cunho racista que o levou, inclusive, a uma representação no Conselho de Ética da Câmara de Vereadores de São Paulo”, declarou.
O projeto que faz a homenagem foi aprovado em Plenário nesta terça-feira (25) e transformado na Resolução 12/24.