O ministro Luís Roberto Barroso surpreendeu o meio jurídico e político ao anunciar nesta quinta-feira (9) seu pedido de aposentadoria do Supremo Tribunal Federal (STF), em uma decisão que encerra um ciclo de 12 anos de atuação na Corte.
Em discurso emocionado na sessão plenária, Barroso declarou: “Sinto que agora é hora de seguir outros rumos.”
Ele afirmou que esta foi sua última sessão no plenário e que permanecerá no STF apenas tempo suficiente para concluir processos sob sua relatoria.
Barroso ocupava o cargo no STF desde 2013, indicado pela presidente Dilma Rousseff. Recentemente deixou também a presidência da Corte, função que exerceu até 2025. Com a aposentadoria, a vaga aberta permitirá ao presidente da República indicar novo membro para o STF, com posterior sabatina no Senado.
A saída de Barroso acende debates e disputas nos bastidores:
- Disputa pela indicação
A escolha do novo ministro será estratégica para quem detém o poder Executivo, especialmente em um momento de articulações políticas acirradas. - Equilíbrio no STF
A composição do Supremo pode mudar — votos decisivos em casos de repercussão política deixam de contar com a influência de Barroso. - Tempo de aposentadoria voluntária
Barroso optou por se aposentar antes do limite constitucional de 75 anos, previsto pela PEC da Bengala.