Após 50 anos, onça-pintada é registrada novamente no Estado do Rio

Pela primeira vez em 50 anos, uma onça-pintada (Panthera onca) foi flagrada em vida livre no Estado do Rio de Janeiro. O registro histórico foi feito por meio de armadilhas fotográficas instaladas por pesquisadores do projeto Onças do Iguaçu, em parceria com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e universidades.

O animal foi identificado em uma área de mata na região do Parque Estadual dos Três Picos, entre a Região Serrana e parte do interior fluminense, local considerado um dos últimos refúgios de grandes felinos no Sudeste.

A onça foi fotografada em perfeito estado de saúde, o que indica a existência de habitat preservado e de presas suficientes para sua sobrevivência — sinais animadores para a conservação da espécie.

“Esse flagrante confirma que ainda há condições de manter populações viáveis de onças no estado. É um marco para a biodiversidade fluminense e reforça a importância de preservar fragmentos de Mata Atlântica”, explicou um dos biólogos envolvidos na pesquisa.

A onça-pintada, maior felino das Américas, é considerada espécie vulnerável e seu desaparecimento no Rio foi consequência da caça predatória e da destruição do habitat natural. O novo registro renova a esperança de projetos de conservação e monitoramento da fauna silvestre.

Equipes do Inea já estudam reforçar a vigilância e ações de proteção no entorno das áreas onde a onça foi flagrada, para garantir tranquilidade à espécie e reduzir conflitos com comunidades próximas.