Traficantes brigam para expandir territórios e população sofre por estar no meio do conflito.
O aumento da violência em Guarus, região que concentra vários bairros em Campos dos Goytacazes, estar diretamente relacionado à disputa territorial entre facções rivais do tráfico de drogas. Entre 20 e 23 de agosto, a área registrou uma série de homicídios e tentativas de assassinato que refletem uma intensificação do conflito entre grupos criminosos.
Nos três dias mencionados, cinco homicídios foram registrados, com quatro ocorrendo em Guarus e um em Travessão, distrito vizinho. A violência não se limitou a assassinatos; também houve tentativas de homicídio, como no caso de uma mulher baleada no Parque Guarus no dia 23. A Polícia Militar (PM) intensificou suas operações, resultando em prisões e apreensões de armas e drogas, mas a situação continua a afetar profundamente a vida local.
A professora Luciane Soares, doutora em Sociologia, aponta que o cenário de violência é um reflexo de uma disputa por território entre facções. Este conflito, segundo ela, não só gera mortes, mas também altera significativamente a vida cotidiana das comunidades afetadas. Os moradores, temendo represálias, acabam limitando suas atividades e permanecem dentro de casa, o que compromete o funcionamento normal do comércio e o lazer, como atividades ao ar livre e eventos sociais.
Em resposta à situação, as autoridades estão realizando operações, como a “Operação Garrote” e a “Operação Pugnus Legis”, que visam combater o tráfico e a violência associada. No entanto, enquanto as investigações e operações policiais estão em andamento, a comunidade continua a enfrentar os impactos do aumento da violência e o medo que a acompanha.
