Vítima dormia quando sua casa foi destruída pela força da água
O rompimento da adutora em Rocha Miranda, na Zona Norte do Rio de Janeiro, é um episódio trágico que reflete o impacto devastador desses acidentes, tanto em termos de perda de vidas quanto de destruição de infraestruturas. O caso, ocorrido na madrugada de terça-feira, resultou na morte de Marilene Rodrigues, de 80 anos, cuja casa foi destruída pela força da água enquanto ela dormia. Sua cuidadora, Suelen, foi retirada com vida dos escombros, após ter ficado presa por cerca de uma hora. A situação foi grave, com a enxurrada derrubando muros, telhados e até mesmo arrancando o asfalto da rua. O cenário foi ainda mais assustador devido à magnitude da destruição causada pelo rompimento da adutora, com pedaços do cano espalhados pela via.
O fato remete a situações semelhantes, como o caso ocorrido em Campos em novembro de 2022, quando o rompimento de um dique na Avenida XV de Novembro causou grandes danos à cidade. Em ambos os casos, surgem dúvidas sobre os reais motivos dos acidentes, como a alegação da empresa Águas do Paraíba, que em Campos afirmou que o rompimento do dique foi causado por um afundamento e não pela pressão de uma adutora.
Além disso, a adutora responsável pelo fornecimento de água na Zona Norte do Rio de Janeiro e parte da Baixada Fluminense, construída em 1949, e com capacidade de vazão de 500 litros por segundo, destaca a fragilidade das infraestruturas antigas. A região afetada por este acidente, especialmente a Rua das Opalas, está sob a responsabilidade da Águas do Rio, que agora precisa avaliar as causas do rompimento e garantir que medidas de segurança sejam implementadas para evitar tragédias futuras.