Alerj: CPI dos Planos de Saúde ganha destaque nacional

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) tem sido reconhecida nacionalmente por sua atuação no combate aos problemas enfrentados pelos usuários de planos de saúde, que frequentemente se veem privados de assistência médica. Recentemente, a Casa deu um passo importante ao instaurar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Planos de Saúde.

Em Brasília, Fabiane Alexandre Simão, fisioterapeuta e presidente da associação “Nenhum Direito a Menos”, que representa centenas de pacientes, dirigiu-se ao presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, em busca de apoio para uma iniciativa similar à da Alerj. “Os planos de saúde estão negando o direito à saúde e, consequentemente, à vida de nossos filhos, deixando muitas crianças sem acesso aos tratamentos necessários”, afirmou Fabiane, que é mãe de Daniel, de 9 anos, portador de paralisia cerebral e transtorno do espectro autista.

De acordo com Rodrigo Bacellar, presidente da Alerj, e o deputado Fred Pacheco, a abertura da CPI foi uma resposta às inúmeras queixas de mães e pais de crianças com deficiência, que se viram desamparados com o cancelamento de contratos, privando os pacientes de tratamento essencial. “Eles têm enfrentado uma série de problemas, como cancelamentos frequentes dos planos de saúde. Entre as reclamações, destacam-se a falta de reembolso, a negação de atendimento e terapias, além do encerramento repentino dos planos sem aviso prévio. Isso é inaceitável, é um absurdo”, enfatizou Bacellar. “Sei que muitos poderosos ficarão incomodados, mas não fui eleito para me esquivar. Estou aqui para lutar ao lado da população que sofre com o descaso dos planos de saúde. Além disso, estão ameaçando suspender até o atendimento domiciliar, colocando vidas em risco”, acrescentou.

Para Pacheco, essa iniciativa representa uma vitória não apenas para o povo do Rio de Janeiro, mas sobretudo para as mães e pais de pessoas com deficiência, que travam uma batalha incansável. “Desde o ano passado, estávamos buscando uma solução para garantir que os tratamentos não fossem interrompidos”, ressaltou.