As ações conjuntas entre a Prefeitura, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), e os corretores de imóveis têm sido eficazes no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. No 5º Gabinete de Crise da Dengue e outras Arboviroses, realizado nessa quarta-feira (5), foi proposto um selo de boa conduta para proprietários que seguirem os procedimentos exigidos pelo poder público em relação à manutenção de seus imóveis. A ideia será encaminhada ao prefeito Wladimir Garotinho para transformar o selo em lei municipal.
Manoel Leandro Neto, que é corretor e membro do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI/RJ), explica que esse selo agregará valor ao imóvel e será utilizado pelos corretores para orientar os potenciais compradores. Além disso, várias outras atividades já estão em andamento, juntamente com o CCZ, incluindo a criação de uma cartilha. O objetivo é facilitar o acesso dos órgãos públicos a esses espaços privados durante as ações de combate à dengue, tornando essa prática rotineira, com o cadastro dos imóveis nos órgãos públicos.
“A ideia do selo é uma sugestão, porque quando fazemos a captação de um imóvel, o mais importante para o corretor é que aquele espaço esteja com a melhor imagem possível para os clientes que estão chegando. Então, a partir do momento em que o proprietário está sendo bastante receptivo, ele vai receber esse selo. Outra coisa é que já estamos realizando inúmeras atividades, porque entendemos que temos que estar próximo ao corretor, próximo às empresas que têm essa representatividade, próximo aos corretores autônomos, que são muitos no município, para que eles sejam facilitadores no acesso a esses imóveis e trabalhem em conjunto com o poder público no combate à dengue”, destacou Manoel Leandro, que estava acompanhado do delegado do CRECI/RJ Antônio Carlos de Lima.
Leandro também adiantou que o conselho pretende compartilhar nacionalmente, por meio da revista do CRECI/CONFECI, o trabalho realizado em parceria com corretores de imóveis, proprietários e órgãos municipais, visando combater a proliferação do mosquito da dengue. A ideia é apresentar o que está sendo feito em Campos como um exemplo a ser seguido por outras cidades, mostrando como a união de forças pode trazer benefícios para todos. A publicação da revista é trimestral.
“Queremos aproveitar tudo que está sendo feito aqui em Campos e apresentar nacionalmente, através da revista do CRECI/CONFECI, todo esse trabalho que vem sendo realizado. Além disso, a revista também transmitirá informações sobre eventos e tudo o que está acontecendo na cidade, servindo como uma referência para outros municípios do Brasil. Essa iniciativa é muito importante para disseminar as boas práticas e ajudar outros locais a adotarem medidas eficazes no combate à dengue”, completou Antônio Carlos, acrescentando que Campos tem atualmente em torno de 700 corretores.
O diretor do CCZ, Luciano Souza, disse que essas ações em parceria com os corretores de imóveis são muito importantes. “Inicialmente, estamos finalizando a cartilha com as orientações, mas que também é uma forma de responsabilizar todos para o combate à dengue. Também estamos estabelecendo um contato direto entre o CRECI e o CCZ para identificar imóveis com focos do mosquito e combatê-los de forma eficaz”, frisou.
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