A Boeing deve informar à Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês), nesta quinta-feira, 30, seus planos para corrigir os problemas de segurança e qualidade que têm prejudicado a fabricação de aeronaves nos últimos anos.
A FAA exigiu que a empresa produzisse um plano de recuperação após um de seus jatos sofrer com o estouro de um painel de fuselagem durante um voo da Alaska Airlines em janeiro, que prejudicou ainda mais a reputação da Boeing e levou a várias investigações civis e criminais.
Delatores acusaram a empresa de adotar atalhos que colocam os passageiros em perigo, uma alegação que a Boeing contesta. Um painel convocado pela FAA encontrou deficiências na cultura de segurança da fabricante de aeronaves.
No final de fevereiro, o administrador da FAA, Mike Whitaker, deu à Boeing 90 dias para apresentar um plano para melhorar a qualidade e amenizar as preocupações de segurança da agência. Whitaker descreveu o plano como o começo, não o fim, de um processo para aprimorar a empresa.
“Será um longo caminho para a Boeing voltar ao ponto em que precisa estar, produzindo aviões seguros”, disse ele à ABC News na semana passada.
A FAA limitou a produção pela Boeing do 737 Max, seu avião mais vendido, embora analistas acreditem que o número que a empresa está produzindo tenha caído ainda mais do que esse limite imposto.
Os problemas recentes da Boeing podem expô-la à responsabilização criminal relacionada aos acidentes mortais que envolveram dois jatos Max, em 2018 e 2019. O Departamento de Justiça disse há duas semanas que a Boeing violou os termos de um acordo de 2021 que permitia que ela evitasse ser processada por fraude. A acusação foi baseada na alegação de que a empresa enganou os reguladores sobre um sistema de controle de voo implicado nos acidentes.
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